Construção de sanitários acessíveis em capela tombada será concluída em outubro


A construção dos banheiros era um sonho antigo da comunidade. Em visita técnica, a equipe Semente verificou o cumprimento das etapas do projeto que está em fase final

 


Está prevista para o mês que vem a entrega dos sanitários acessíveis da Capela Nossa Senhora da Boa Morte. Nesta quinta-feira (01), os técnicos do Semente estiveram no distrito de Boa Morte, em Belo Vale, a 82 km da capital, para realizar o monitoramento presencial da execução do projeto.

Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), a construção passou por uma reforma. As obras de restauração duraram 4 anos e foram concluídas em 2016. Na ocasião, por questões arquitetônicas, optou-se por retirar o banheiro existente. Além disso, ele estava em péssimas condições e era localizado de forma a descaracterizar o patrimônio, considerando a restauração realizada.


De acordo com o coordenador de projetos ambientais e culturais Tarcísio Martins, da Associação do Patrimônio Histórico Artístico e Ambiental de Belo Vale - APHAA - BV, que cadastrou o projeto na plataforma Semente, desde a restauração e da retirada do banheiro, a comunidade não encontra local para fazer suas necessidades fisiológicas em dias de Missa e atividades festivas da comunidade. “Estão sendo construídos dois banheiros com acesso para portadores de necessidades especiais. Isso foi um pedido da comunidade, pois em dias de festas ou missas não há um lugar adequado para os fiéis. Há uma expectativa da comunidade para resolver isso, pois as pessoas ficavam procurando banheiro nos bares, nas casas e, às vezes, fazem suas necessidades até atrás da igreja”, explica.
Ainda conforme Martins, o banheiro retirado na reforma de 2016 interferia na paisagem. “Agora, estamos fazendo os novos sanitários atrás da capela, seguindo todo o estilo barroco, tudo aprovado pelo IEPHA”, afirma.


O PROJETO

O projeto arquitetônico de instalações sanitárias inclui cabines acessíveis e área de serviços, conforme a norma NBR9050. Além disso, acompanha "Memorial de Especificações de Materiais e Serviços", aprovados pela MITRA – Arquidiocese de Belo Horizonte, IEPHA-MG e Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Belo Vale.
A obra é executada atrás da Capela da Boa Morte, local recomendado por Norma IEPHA-MG. Patrimônio construído em 1731, estilo Barroco com elementos do rococó, restaurado em 2016.
A supervisora do Semente, Renata Fonseca, explica que a execução dos sanitários é uma ação de cidadania. “Trata-se de uma prioridade para atender às necessidades das pessoas da comunidade que frequentam os eventos no largo e na capela. Oferece conforto, higiene e segurança, uma vez que não dispunham de serviços de saneamento básico satisfatórios. Espera-se que essa ação socioambiental promova a educação com atos saudáveis e proporcione melhor qualidade de vida para um local histórico”, enfatiza.

Tarcísio Martins avalia sobre a importância do acompanhamento realizado pela equipe Semente. “O trabalho da equipe Semente é essencial para a transparência dos projetos. Estamos em contato constante com os técnicos, que nos atendem prontamente, tiram as dúvidas e tudo ocorre numa perfeita harmonia”, conclui.


A CAPELA

Conforme informações da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a Capela foi construída no século XVIII e mantém a arquitetura dos ruralistas portugueses, com duas torres laterais e duas janelinhas no centro da fachada. O corpo da capela é alongado para os fundos. A construção abrigou a primeira instituição de ensino para mulheres, em MG. Importante ponto turístico mineiro localizado no distrito de Boa Morte, no Belo Vale, na região central do Estado.


Solange e Maurício moram em uma casa ao lado da capela. “Estamos aqui há 16 anos e, sempre que tem missa, as pessoas pedem para usar o banheiro da nossa casa. Em dias de festa, a situação ainda é pior”, disse Solange. “Estamos muito felizes em ver o sonho da comunidade se realizando, pois esperamos esse banheiro há, pelo menos, seis anos”, afirmou Maurício.

Irene também é vizinha da capela. “Imagina, abrir nossa porta para desconhecidos? Esses banheiros são muito necessários e tudo que vem para a nossa comunidade será recebido de braços abertos”, conclui. 

As obras estavam previstas para começar no início deste ano, mas houve a necessidade de adequação do projeto, já aprovado em 2015 pelo IEPHA, atrasando o início em cinco meses. Os trabalhos começaram em agosto passado e devem ser concluídos no mês que vem.

 
 
 
 
 

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