Publicado em: 07/10/2022
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Equipe Técnica do Semente apresenta a Plataforma em Seminário realizado no Parque Estadual do Rio Doce

 As técnicas do Semente verificaram o enorme potencial da região no que diz respeito à realização de projetos com possibilidade para receberem recursos de medidas compensatórias ambientais

A equipe do Semente participou, nesta quinta e sexta-feiras (06 e 07 de outubro), do II Seminário de Pesquisas Integradas do Parque Estadual do Rio Doce (PERD)", realizado no Centro de Treinamento do PERD, localizado em Marliéria, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, na região do Vale do Rio Doce.

O evento foi promovido por pesquisadores que atuam na Unidade de Conservação (UC) e entorno e teve como tema a “Pesquisa unificada e a captação de recursos”. Os diferentes grupos de pesquisadores tiveram a oportunidade de apresentar informações sobre as respectivas pesquisas e trocar informações com os gestores do parque e com os demais grupos, promovendo assim, a integração e o fortalecimento de seus projetos.

A supervisora do Semente, Renata Fonseca, apresentou a plataforma para os participantes. “Mostramos como funciona o sistema e explicamos quais os requisitos para um projeto ser contemplado”, explica. A equipe assistiu a apresentação de todos os projetos presentes no Seminário e Renata Fonseca se surpreendeu com o potencial da região. “Ao analisar cada projeto, ficamos surpresos com tantas ideias, tantos projetos em execução e outros com possibilidade de desenvolvimento dentro do parque”, afirmou.

A gestão do Parque Estadual do Rio Doce é feita pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Para o analista ambiental do PERD, Gabriel Carvalho de Ávila, o desenvolvimento de projetos de cunho científico ou de desenvolvimento socioeconômico no PERD e entorno é importante. “Esses projetos vão de encontro ao propósito de uma UC da categoria parque, no momento em que oportunizam a geração de conhecimento, o ensino formal e o desenvolvimento sustentável do território”, explica.

Ainda conforme o analista, a execução dos projetos no PERD é, também, uma ferramenta que possibilita a governança. “A gestão da UC e do território é estimulada por outros atores que não sejam única e exclusivamente o poder público. Então por meio desses projetos de uma maneira geral, a gente consegue dar condição da sociedade participar ativamente na tomada de decisão e no planejamento da UC”, afirma.


PROJETO TATU CANASTRA

O biólogo Lucas Barreto é pesquisador do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) e coordenador do projeto Tatu Canastra Mata Atlântica, desenvolvido no PERD. Conforme publicado no site do ICAS, o tatu-canastra é a maior espécie de tatu existente. Apesar de ser encontrado em praticamente toda a América do Sul, pouco se conhece sobre ele e o que há de informação ainda é muito superficial. Devido ao hábito de viver a maior parte do tempo embaixo da terra e ocorrer em baixa densidade populacional, esta espécie é raramente vista. Ainda conforme o ICAS, o tatu-canastra está ameaçado de extinção e é considerado pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) vulnerável na lista de espécies ameaçadas.

De acordo com Barreto, os trabalhos realizados no PERD ainda estão longe de serem concluídos. “A nossa expectativa é que consigamos ser contemplados com mais recursos para darmos continuidade à pesquisa. Estamos aqui há três anos, realizamos metade do que precisamos. No ano que vem vamos concluir algumas análises, para iniciar novas etapas e gerar mais resultados”, explica.


PROJETO HARPIA - MATA ATLÂNTICA

O biólogo Áureo Banhos, professor da Universidade Federal do Espírito Santo é coordenador do projeto Harpia - Mata Atlântica. “Em nosso entendimento, é importante trazer o projeto Harpia para o PERD e, uma parceria com o Semente, do MPMG, possibilitaria essa inserção que tanto buscamos”, enfatiza.

O projeto Harpia é vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e surgiu em 1997, após a descoberta de um ninho de gavião-real (Harpia harpyja) em uma floresta próxima à região de Manaus. Diversos ninhos de gavião-real são monitorados na Amazônia e na Mata Atlântica. As áreas protegidas do norte do Espírito Santo e sul da Bahia são os únicos locais da Mata Atlântica com casais de harpia conhecidos se reproduzindo.

“A realização deste seminário é uma iniciativa fundamental para o avanço da ciência, pois é a oportunidade que os profissionais e suas respectivas instituições possuem de fomentar suas pesquisas e unir forças em prol da conversação de diferentes espécies!”, afirma o ICAS em sua rede social.

“Saímos daqui com a expectativa de recebimento de propostas, de novos projetos dentro do PERD, além dos que já estão em nosso sistema, para que possam ser contemplados com recursos de medidas compensatórias dentro da plataforma Semente”, conclui Renata Fonseca.

Conheça os projetos que trabalham com espécies ameaçadas na Unidade de Conservação e que fazem parte da coalizão #UnidosPeloPERD
Projeto Bicudos (@waita.ong) Projeto Tatu-canastra (@projetotatucanastra) Projeto Primatas Perdidos (@primatasperdidos) Projeto Onças do Rio Doce (@institutopristino) Projeto Harpia - Mata Atlântica (@projetoharpiabrasil) Projeto Aves do Parque Rio Doce (@avesdoperd)

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Relatório Visita Técnica Seminário PERD

As técnicas do Semente verificaram o enorme potencial da região no que diz respeito à realização de projetos com possibilidade para receberem recursos de medidas compensatórias ambientais 

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