Publicado em: 02/06/2023
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Hãmhi - Terra Viva: Mães e pais da Floresta

Povo conhecido como Maxakali habita quatro territórios demarcados em Minas Gerais. Objetivo do projeto é a formação de agentes agroflorestais indígenas para a proteção das florestas, da história e da comunidade

Hãmhi - Terra Viva é um projeto socioambiental para ações de recuperação ambiental em quatro territórios indígenas do povo Tikmu’un - conhecido como Maxakali. A proposta passa pela formação de 30 agentes agroflorestais indígenas Tikmu’un, responsáveis pela implementação e manejo de quintais agroflorestais e a recomposição florestal de 300 dos cerca de 6,5 mil hectares de território, localizado no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Aliando conhecimentos tradicionais aos princípios da agroecologia, os agentes atuarão na produção de alimentos, formando redes de coletores de sementes, conservando e protegendo florestas, além de construir viveiros educativos e fortalecer práticas comunitárias de educação ambiental e etnodesenvolvimento.

Com uma população de 2.500 pessoas e alta porcentagem de crianças, o povo Tikmu’un é falante da língua Maxakali (por isso são chamados assim), classificada no tronco linguístico Macro-Jê. Hoje ainda empreendem viagens pelas regiões ancestrais onde inventariam o que seus parentes ensinaram: conjuntos de cantos, danças, léxicos, histórias e um vasto conhecimento sobre fauna e flora. Por sua surpreendente força e resistência cultural, os Tikmu’un são respeitados pelos povos indígenas de todo o país e procurados por pesquisadores e artistas do Brasil e do mundo.

A atuação dos agentes agroflorestais indígenas Tikmu’un acontecem nos seguintes territórios mapeados no Estado:

  1. Território Indígena Água Boa (município de Santa Helena de Minas) e Pradinho (município de Bertópolis). Com 5.305 hectares, abriga a maior parte do povo, com 1.979 pessoas;
  2. Reserva Indígena Aldeia Verde (município de Ladainha). Com 544,72 hectares, abriga 176 pessoas;
  3. Reserva Indígena Cachoeirinha (município de Teófilo Otoni). Os 606,19 hectares representam o lar de 28 indivíduos;
  4. Aldeia-Escola Floresta (município de Teófilo Otoni). Os 122 hectares abrigam 327 indígenas.

A proposta tem duração de dois anos e foi contemplada em cumprimento da determinação expedida nas cláusulas 4 e 5 do Termo de Compromisso celebrado nos autos da Ação Civil Pública nº 5055004-90.2021.8.13.0024. A Plataforma Semente é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMAIS, para recebimento de projetos sociais apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público, com a utilização de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o estado. No Instagram: @novosemente.

Proponente: Instituto Opaoká

Municípios de execução: Bertópolis, Ladainha, Santa Helena de Minas, Teófilo Otoni

Orçamento do Projeto: R$ 7.988.322,00

Período de Execução: 24 meses

Data da Contemplação: 21 de março de 2023

Status: Em andamento

       

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