Publicado em: 07/12/2022
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Papagaios-verdadeiros estão a poucos de dias de voltarem a natureza, na RMBH 

 

As aves foram transferidas para o viveiro de aclimatação em Jaboticatubas, município onde serão soltos em meados do mês que vem

 

Está prevista para meados do mês que vem - janeiro de 2023 - a soltura de 25, dos 31 papagaios-verdadeiros resgatados em cativeiros clandestinos e treinados para serem devolvidos à natureza.

Na última terça-feira (29/11), as 25 aves foram levadas de uma fazenda localizada no limite entre os municípios de Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves, para um viveiro de aclimatação, em Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Agora, os psitacídeos silvestres passarão por mais uma fase do treinamento para, em breve, serem soltos.

 

Conforme a coordenadora técnica do projeto Voar, Ariela Castelli Celeste, o viveiro de aclimatação é o lugar para que os animais passem pela última etapa do treinamento. “As aves vão ficar um tempo neste viveiro para se acostumarem com as características do local onde serão soltas, como temperatura, por exemplo, e durante esse período receberão um reforço dos treinamentos que nós já temos realizado, além de passarem por um novo treinamento", afirma.

 

  

 

Durante a solenidade de transferência, os responsáveis pela ONG Waita - proponente do projeto Voar - explicaram sobre a importância do projeto. O presidente do Waita, Wander Ulisses de Mesquita, afirmou que desde quando a ONG foi criada, resolver a questão dos papagaios resgatados era urgente. “O carro chefe do Waita, desde quando o instituto foi criado, em 2010, é a reabilitação de animais silvestres resgatados dos cativeiros e os papagaios eram um dos maiores problemas.”, enfatiza.

 

Para solucionar a questão, criaram o projeto Voar, que foi contemplado pela Plataforma Semente, em dezembro de 2021. “Graças aos recursos que vieram de medida compensatória ambiental, conseguimos realizar o treinamento de 31 papagaios e, destes, 25 estão habilitados para a última etapa do treinamento, antes da soltura. Destes 25, há um grupo que não passou por um dos treinos para que na pós-soltura avaliemos se esse treinamento em particular favoreceu aos que foram treinados em relação aos que não foram. Então, os dados dos treinos realizados antes da soltura serão usados após a mesma”, explica Mesquita.

 

QUATRO MESES DE TREINAMENTO

 

Todos os papagaios são identificados com duas anilhas de cores variadas - ambas do órgão ambiental, e após a soltura dos papagaios, estas auxiliarão no monitoramento a fim de que cada um possa ser identificado e avaliado isoladamente.
As ações são gravadas por quatro câmeras, instaladas em cada lado do viveiro que é fechado com uma lona para que os papagaios não percebam que são executadas por humanos. As informações completas do treinamento podem ser acessadas neste link.

A supervisora do Semente, Renata Fonseca, acompanhou a transferência dos papagaios. “Nós ficamos muito felizes com a realização do projeto Voar. Ele foi inscrito em 2016, fizemos a avaliação, ficou no banco de projetos e em 2020 conseguimos intermediar o repasse do recurso. Temos muito orgulho do projeto e ainda mais do instituto Waita pois atuam com projetos interessantes no âmbito da fauna e da conservação e que trazem força à atuação da plataforma Semente”, enfatizou.

 

 

O superintendente do Ibama em Minas Gerais, Pedro Paulo Ribeiro Mendes de Assis Fonseca, reforçou a importância da parceria público-privada no resgate dos animais. “Em muitos momentos, o serviço público é burocrático, engessado e demorado na hora de agir e resolver os problemas. Então, a parceria com a ONG Waita foi primordial para dar agilidade na execução dos recursos da Plataforma Semente, para a reabilitação dos papagaios. Essa é uma missão da sociedade civil organizada como um todo e não somente dos órgãos públicos”, concluiu.

Também participaram da solenidade de transferência dos papagaios o secretário de Meio Ambiente do Município de Jaboticatubas, Fernando Henrique Silva; a diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Jaboticatubas, Ludmila Penha e o Gerente do Zoológico de Belo Horizonte, Humberto Mello.

 



 
 
 
 
 

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