Publicado em: 21/10/2022
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Projeto leva educação ambiental para escolas públicas de Poços de Caldas


A iniciativa foi selecionada por meio da Plataforma Semente e busca promover ações de educação ambiental em 16 escolas públicas da cidade.

“Ficamos muito felizes! Quando fomos contemplados, nem acreditamos. A ficha caiu depois, aos poucos, e é a realização de um sonho: poder proporcionar o conhecimento sobre a sustentabilidade para as crianças e mostrar como usar os recursos naturais sem destruir o meio ambiente é muito importante”. Foram as palavras de Luciano Robert de Souza, da Associação Beneficente Sítio do Lobato, responsável pelo projeto “Nossa Terra Nossa”, ao receber a visita dos técnicos do Semente, nesta quarta-feira (20/10), no Sítio do Lobato, em Poços de Caldas, no sul de Minas.

A iniciativa, que tem como principal objetivo a educação ambiental para crianças e adolescentes das escolas públicas daquela cidade, trabalha conceitos por meio da implantação de coleta seletiva e de quintais agroecológicos no próprio Instituto, além das escolas.

A ideia foi inscrita na Plataforma Semente em 2016 e contemplada cinco anos depois. Dezesseis instituições públicas de ensino estão envolvidas na execução do projeto.

Esta semana, a equipe do Semente esteve no Sítio do Lobato para fazer o acompanhamento do projeto. Segundo a supervisora, Renata Fonseca, os trabalhos estão ocorrendo conforme o planejamento apresentado. “Além da coleta seletiva, os estudantes aprendem sobre o manejo sustentável, os quintais agroecológicos e acabam se tornando multiplicadores de novos hábitos ambientalmente sustentáveis”, enfatiza.


O QUINTAL AGROECOLÓGICO

Conforme divulgado pelo Sitio do Lobato, no site, o quintal agroecológico produziu, em sua primeira colheita, mais de 41 caixas de alimentos orgânicos, doados ao Banco de Alimentos de Poços de Caldas, para distribuição entre entidades socioassistenciais e diversas famílias atendidas pelo CRAS.

O coordenador da Divisão de Segurança Alimentar do Banco Municipal de Alimentos de Poços de Caldas, José Porto, detalhou sobre a doação realizada pelo Sítio do Lobato. “Recolhemos rúcula, alface, cebolinha, dentre outros, e montamos as cestas verdes que são entregues às famílias necessitadas, asilos, hospitais, Casa da Criança de Campestre, Apae, dentre outras, totalizando 44 instituições”, enfatizou.



O professor da Escola Municipal Irmão José Gregório, Wellington Ricardo, trabalha com seis dessas escolas. “O mundo moderno separou as pessoas da natureza. Muitas crianças crescem, por exemplo, sem saber de onde vem o alimento, achando que vem do supermercado. Esse projeto é um divisor de águas pois trabalha a importância da preservação ambiental na vida delas. Os estudantes saem daqui eufóricos, querendo retornar para saber mais sobre a vida prática da natureza. Eles estão muito envolvidos, também, com a coleta seletiva que aprendem a fazer aonde estudam”, afirma.

A COLETA SELETIVA

Além da conscientização sobre a origem dos alimentos e da importância de se preservar o meio ambiente, o projeto trabalha a coleta seletiva com as crianças e com os moradores de Poços de Caldas. Foram instalados coletores de material reciclável nas 16 escolas envolvidas com o projeto, além de coletores no próprio sítio do Lobato, que recebe o material reciclado, de diversos sítios da zona rural. Todo o material recolhido é encaminhado para a Associação de Catadores e Separadores de Materiais Recicláveis de Poços de Caldas (Assosul).

A presidente da Assosul, Josiane de Oliveira, contou que vai ao sítio de 15 em 15 dias para recolher o material. “Em média, buscamos cerca de 30 quilos de recicláveis a cada vez que viemos aqui, no Sítio do Lobato. Esse projeto é muito importante, pois a coleta seletiva municipal não é eficiente. A parceria com a sociedade é fundamental para agregar valor e aumentar a quantidade de material recolhido”, analisa.

PRESERVAÇÃO DAS ABELHAS

No Brasil, há 300 espécies de abelhas sem ferrão. O projeto Nossa Terra Nossa trabalha para a preservação de 22 dessas espécies, por meio da instalação de um meliponário - abrigos das abelhas - na borda da mata nativa.

 

Conforme acompanhamento realizado pela equipe Semente, para atrair as abelhas, os biólogos usam iscas em garrafas pets, fixadas próximas a buracos em troncos de árvores para onde os indivíduos migram e acabam criando uma colméia. Este método não interfere em suas populações. Ainda segundo verificado na visita técnica, quando a colmeia se estabelece, é transferida para caixas, nas quais poderão se multiplicar e aumentar suas atividades de polinização em espécies de árvores nativas da área.

Luciano Robert ainda afirma que graças aos recursos destinados por meio da Plataforma Semente, é possível mudar a realidade por meio da educação. “Somos muito gratos ao Semente que possibilitou a instalação de tambores para coleta seletiva e quintais agroecológicos nas escolas de Poços de Caldas, multiplicando a consciência dos alunos, em prol de um meio ambiente sustentável", concluiu.

 

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